Em 24 de outubro de 1929, a bolsa de valores de Nova York sofreu seu maior colapso da história naquele momento. O pânico se espalhou entre os investidores, muitos deles venderam suas ações com prejuízo para minimizar seus riscos. Dessa forma, a Bolsa de Valores de Nova York perdeu quase um terço de seu valor em poucos dias. Como as ações haviam se tornado a principal fonte de investimento para a classe média americana, a crise se espalhou rapidamente para outros setores da economia.

As causas da crise de 1929 remontam a um período bastante otimista na economia americana da década de 1920. Os chamados “anos loucos” foram marcados por um período de crescimento econômico ininterrupto que levou a uma especulação excessiva nos mercados financeiros. A mania das ações era evidente, dado o grande número de pessoas que investiam o seu dinheiro na bolsa, esperando retornos elevados.

Além disso, as políticas econômicas americanas da época também contribuíram para a criação de um ambiente propício para o colapso. As autoridades monetárias reduziram as taxas de juros para incentivar investimentos e tomaram medidas para impulsionar o crédito fácil e barato, especialmente para o setor imobiliário.

Assim, com a superprodução industrial, o excesso de gastos e a inflação artificial, a economia americana se deteriorou. O colapso da bolsa de valores foi a gota d'água para uma crise econômica desenfreada. O desemprego e a pobreza aumentaram drasticamente. A Depressão que se seguiu tornou-se uma das piores - senão a pior - que o mundo já viu.

A Grande Depressão, como ficou conhecida, durou desde 1929 até o final da década de 1930. Ela teve consequências mundiais, pois a economia americana era líder na economia global na época. A crise se espalhou rapidamente para outros países, incluindo o Brasil, que dependia da importação de bens americanos. A produção industrial diminuiu, o desemprego aumentou, e muitas empresas e bancos faliram.

O impacto na vida das pessoas foi severo. A fome e a miséria se espalharam pelo mundo todo. Os governos tiveram que tomar medidas drásticas para tentar conter a crise, incluindo ações como a criação de programas de trabalho para empregar os desempregados e a implementação de medidas de proteção social.

Embora a crise de 1929 tenha sido um evento trágico, algumas lições foram aprendidas. As autoridades financeiras aprenderam a importância de controlar a especulação e evitar protecionismo financeiro. A história nos mostra que estamos sempre sujeitos às crises econômicas, mas é importante que aprendamos com os erros do passado para evitar o que aconteceu em 1929.